O deputado federal Paulo Ramos (PDT-RJ) ouviu, nessa quarta-feira (4/3), o depoimento de Marcos Aurélio Carvalho, sócio/proprietário da empresa AM4 Inteligência Digital, na CPI da Fake News da Câmara Federal. O depoente sugeriu que a Yacows, empresa que fez disparos em massa nas eleições de 2018, apagou os registros relacionados à campanha presidencial de Jair Bolsonaro. A AM4 coordenou o marketing eleitoral e a captação financeira para as campanhas do presidente e do PSL, em 2018.
Reportagem da Folha de S. Paulo apontou que um dos gastos da AM4 foi a contratação da plataforma da Yacows, para fazer disparos de WhatsApp para o então candidato presidencial. Carvalho disse que as mensagens eram dirigidas a um cadastro de doadores do PSL e se limitavam a informar uma troca de telefone.
Em outubro de 2018, os registros de envio de mensagens disparadas pela campanha de Bolsonaro foram apagados horas depois da publicação de reportagem da Folha. Na ocasião, o jornal revelou que empresários usaram a Yacows e pelo menos outras três empresas para disseminar mensagens com conteúdos contra a campanha de Fernando Haddad.
O empresário negou qualquer vinculação do seu trabalho com empresas que operam envios em massa de mensagens telefônicas. Serviços de envios de mensagens em massa são objeto de investigação da CPI.